sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Palavras... - Sirlene Santana

   As vezes uma palavra machuca, mesmo quando esta não é a intenção. A interpretação não depende somente da colocação das palavras, ou de sua pontuação correta, depende também do sentimento com que é lido. Se estiver muito sensível poderia chorar com minhas palavras, se estiver entediada, por mais que eu tente te fazer sorrir, serei somente um aborrecimento. 
   Na vida é assim, e agora então, onde tudo é escrito... A tecnologia acabou com o encontro físico, onde o olhar já dizia tudo, e as palavras não eram tão mal interpretadas como agora, onde um eu te amo não tem um valor tão especial. 
   Eu poderia me desculpar por minhas palavras - minha brincadeira impensada -  só que não fiz com maldade, então se eu me desculpasse estaria assumindo um erro que não cometi, pelo menos não como você descreveu. Seria cruel de minha parte trocar amizades como troco de roupa, não sou assim.... Cada pessoa é unica e extremamente especial, aquelas que entram na minha vida e por mais que saiam, tem um cantinho único. E você tem um quarto só seu, nesta casa que é meu coração. Cada amigo meu, é um tantinho de mim, que me acrescenta. 
   De um erro inocente nasceu uma inquietação, um clima que não precisava ter nascido... Tudo por que não estamos tão bem como demonstramos estar, tudo por que a sensibilidade nos fez chorar uma vez mais. Somos assim, pequenas e frágeis... E as palavras tem um grande significado em nossa vida. Não se pode partilhar de tudo, mas podemos sorrir... E a gente consegue gargalhar mesmo do modo como estamos e admiro você, por fazer isso quando muita coisas estão acontecendo em sua vida. Deus te fez guerreira, por isso que as vezes me surpreendo, por você simplesmente deixar de me responder por dizer que está chateada por uma interpretação ruim. Fiquei indignada com tal reação, e jogamos novamente palavras... Mas na realidade não queríamos nos machucar desta forma, era apenas mais um desabafo, mal interpretado devido a situação onde foi colocada. 
   Como disse, não pedirei desculpas, não se tem o que desculpar... Já que foi apenas um estranhamento que acontece quando não se está tão bem... É só mais uma prova, do quanto somos parecidas, que as vezes não nos entendemos e ainda sim, conseguimos entender.

domingo, 3 de novembro de 2013

Começo a duvidar... Sirlene Santana


                Talvez somente eu fui a culpada, de criar laços. Deveria assim permanecer, na minha, quieta, sozinha. As vezes é horrível saber ouvir e não ser ouvida, saber falar e não conseguir falar consigo. De verdade que consegues sorrir? Sempre. Eu não vim a este mundo com o proposito que aceitar a condição das lágrimas, se me dão espinhos, eu nada faço mais do que agradecer, o que seriam das rosas sem eles?
                De qualquer forma estou um pouco cansada. Esta condição de aceitar e amar. Usada facilmente como brinquedo de qualquer amigo, e as mentiras vem e vão, sinto-me em uma mesa de ping pong, eu sou a bolinha. E se achas que acho isso injusto? E deveria?! Quando quem se deixou ser cativada foi ninguém menos do que eu. Sim, eu deixei entrar, eu permiti e reclamar que mentem pra mim, ocultam de mim, e brincam comigo? Amizade de ocasiões... Nossa nunca pensei que isso existisse e acho que passei muito tempo acreditando em uma coisa que talvez não exista mais. Amizade.
                Até certo ponto eles estão contigo, e quando querem brincam, quando não querem brigão? E no inicio amores, e o celular não para com torpedos e convites para sair, pizzaria? Grupo? Sentarem ao seu lado e que tal rezar junto? Dos poucos que cultivei deste tempo ainda guardo, mas quando falo poucos, não são muitos, são raros, dois ou três pontinhos perdidos no escuro quem sabe. Mas estes eu ainda guardo, na esperança que eles sejam a esperança de ainda existe algo que se não se vê, Amizade.

                E para aqueles que se divertiram mentindo pra mim, me viram chorar, meus parabéns. Raiva? Não. Saudade, do que eram, do que fomos, dos momentos. Pode até ser que tudo foi mentira, mas eu vivi não é? Ao me deixar cativar, eu confiei, eu escolhi acreditar. Prefiro acreditar que a mentira seja seja verdade, do que crer que meu irmão chegue a mentir para mim – já dizia um santo. Acreditar em desculpas? Decepcionei-me tanto com esta palavras que nem acredito que esta possua algum significado. E o “depois”, sei bem que este nunca chega... Eu aprendi isso com cada um de vocês. E começo a pensar se um dia alguém vai chegar a me fazer desaprender.  Começo a duvidar. 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Uma amiga carmelita - Sirlene Santana

"Não é possível separar alguém por distancia de espaço, quando estamos unidos em Deus." - Santa Teresa Benedita da Cruz

   "Não se vá...", é modo de dizer, afinal de contas pessoas queridas sempre vão fazer falta. As vezes me pego pensando na sua ida, que não vou ver teus micos, ouvir teus conselhos, aquele grande sorriso de travessura. Parece que foi ontem que a gente tava brincando de fantoche, mas quem se lembra disso, ora, quem vai ficar lembrando destes momentos... Eu. 
   A quem estou tentando enganar perdendo dias preciosos, em vezes de ir te perturbar mesmo quando você não quer falar comigo, encher as pessoas é o meu melhor trabalho e eu gosto disso, mesmo que eu não receba salário. Então eu vejo que faz mais de 2 ou 3 meses que a gente não senta e rir, nos vemos e apenas passamos uma pela outra... E se eu não vou atrás ou você não vem, nunca passa de um "Boa noite, tudo bem?!" então nos vemos ocupadas com os nossos caminhos, e eu tendo que me dedicar mais aos estudos e a busca de emprego, e você as suas ocupações, então o que antes era um dia inteiro de conversa pelas redes sociais ou até mesmo ao vivo, se tornou um simples silencio. Minha pequena carmelita, quanto estás mudada, se antes em seu coração mostrava como o carmelo é, posso dizer-te com toda certeza que agora vejo em ti o carmelo, não posso olhar-te sem imaginar-te vestida para seu casamento com Cristo. Tão grande é minha felicidade e queria lhe dizer, mas as vezes quando te vejo não quero incomodar-te ou estou viajando por meus pensamento, perdendo a pequena chance de passar um tempo contigo. O que se pode fazer, não é?!
   Minha amiga carmelita, mesmo que amanhã ou depois o silencio só aumente - peço a Deus que não - vou continuar tomando café... - Achou que eu ia falar "continuar te amando" não é! Pegadinha do malandro! Voltando... Sei nem onde parei, ah! sim... Eu vou te perturbar até o ultimo segundo e além, mesmo porque depois que você entrar lá, ainda poderei visita-la, e perturba-la o quanto eu quiser. Então pode assobiar, eu deixo! 


De sua grande amiga 
(não se atreva a dizer o contrario) 
Sirlene Santana